Deixa eu relaxar um pouco, não me peças pra continuar.
Deixa eu parar, te sentir sem movimento, sem atrito, em silêncio.
Deixa eu olhar nos teus olhos, te contrais pra fazer escorrer tudo o que já se fez.
Me sentes em teu ser, nossas almas paradas no tempo. Não tenhas pressa de sorrir.
Deixes o sorriso pra depois, me deixe parar por um instante para retomar meu fôlego.
Curtas o momento, curtas o segundo, me abrace, me de os teus seios.
Me deixas sair, me deixas ir para tua boca.
Vens também, me molhe, me olhe de outro ângulo.
Se arranhe em minha barba mal feita, e retribuas com a maciez de teus lábios.
Me guarde de novo, mas bem devagar e não me peças movimento.
Não me peças para continuar, deixe me quieto aqui dentro.
Só um pouco, pra eu sentir teu calor, sem pressa de ir ou voltar.
Sem pressa de rir ou gozar.
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